quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Em todos os países do mundo, a violência contra as mulheres arruína a vida de meninas e mulheres. Destrói famílias e comunidades e priva o mundo de talentos dos quais temos necessidade urgente. Meninas e mulheres são perseguidas em razão do seu sexo em todos os momentos da vida, desde o aborto seletivo até a assistência à saúde e alimentação inadequadas, passando pelo casamento na infância, tráfico, os chamados assassinatos em nome da “honra”, assassinatos relacionados ao dote, além do descaso e ostracismo a que são relegadas as viúvas – e essa lista não tem fim.




A violência é uma pandemia global. Está presente em todas as etnias, raças, classes, religiões, níveis educacionais e fronteiras internacionais: o único elemento comum é que as vítimas são escolhidas simplesmente por serem mulheres.



Desde 1991, o mundo reservou 16 dias entre 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, para ressaltar a ideia de que a violência cometida contra as mulheres por causa do seu sexo é uma violação fundamental dos direitos humanos. Esse tipo de violência não é “cultural”, e sim “criminoso”. É um problema de todas as nações e requer uma resposta condizente com a gravidade desses crimes.



As diversas formas de violência são conse­quência da condição inferior arraigada e duradoura de mulheres e meninas no mundo inteiro. Para acabar com a violência, precisamos intensificar os processos penais contra os criminosos e trabalhar pela igualdade total das mulheres em todas as esferas da vida.



A violência baseada em gênero não é apenas um problema das mulheres, mas um desafio global



aos direitos humanos e à segurança. Como problema internacional, precisa de soluções internacionais. E os Estados Unidos comprometem-se a trabalhar com governos, instituições multilaterais e ampla gama de parceiros do setor privado – de ativistas e defensores a sobreviventes e líderes da sociedade civil – para acabar com a impunidade daqueles que cometem esses crimes e garantir que as leis que reconhecem a igualdade das mulheres e o direito delas de não serem alvos de violência sejam implementadas na íntegra.



Estamos trabalhando para promover a participação dos homens no combate à violência. Estamos pedindo aos líderes religiosos para incorporar essas mensagens, tão coerentes com todos os credos, em suas atividades e trabalhos sociais. E estamos ajudando a garantir o acesso seguro e igual de meninos e meninas de todas as nações à educação de boa qualidade que ensine o valor intrínseco de cada pessoa. A Secretária Hillary Clinton tornou essa questão uma prioridade da política externa americana. E o Governo Obama também está empenhado em acabar com a violência contra as mulheres nos Estados Unidos, onde um número grande demais de mulheres ainda sofre maus-tratos e abusos.



As mulheres são a chave para o progresso e a prosperidade no século 21. Quando marginalizadas e maltratadas, a humanidade não pode progredir. Quando direitos lhes são concedidos e oferecidas oportunidades iguais em educação, assistência à saúde, emprego e participação política, elas promovem a família, a comunidade e a nação.



É chegada a hora de tornar o fim da violência contra as mulheres uma prioridade para todos nós. 

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[topo]NOTASO Escritório de Assuntos Globais da Mulher, do Departamento de Estado dos EUA, chefiado pela Embaixadora-Geral Melanne Verveer, trabalha pelo empoderamento político, econômico e social das mulheres.
Melanne Verveer


Embaixadora-Geral e Chefe do Escritório de Assuntos Globais da Mulher, do Departamento de Estado dos EUA
Revista Jurídica Consulex nº 310

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